17 janeiro 2013

Em que tempo florescem e o lugar onde nascem.

Veio-me parar às mãos uma reedição deste livrinho. O original é de 1718 e foi escrito por João Vigier.

Fui ver o que dizia das plantas da vigia. Como ainda não se usava a nomenclatura binominal (vulgo "nomes científicos") foi dífícil encontrá-las porque estão divididas em capítulos como "dos cardos e outras ervas de sua semelhança". Mas encontrei algumas espécies.

Ficamos a saber sobre o funcho-marítimo: "é boa para as dificuldades da urina, na cólera espalhada, a erva cozida laxa o ventre, a sua semente em vinho mata as lombrigas, conforta o estômago, faz bom carão."

Sobre a tamargueira (ou tamariz) diz o seguinte: "a raiz e as folhas servem contra as obstruções do baço, do mesentério, e para provocar os mênstruos. Muitos bebem em copos de pau de tamargueira, em razão dos achaques referidos. A cinza da tamargueira é dessecativa, abstersiva; desseca as chagas e é boa contra as queimaduras.
Sobre a sabina-da-praia (ou zimbro-das-areias) aprendemos que "as bagas de zimbro são cefálicas proprias para confortar os nervos, o estômago, o coração, para ajudar a digestão, para excitar a urina e os mênstruos; é contraveneno e tosse inveterada, na cólica ventosa e na dor nevrítica (...); muitas pessoas trazem-nas na algibeira, engolem quatro bagas pela manhã para se livrarem do mau ar."

Aqui ficam umas fotografias para ligarem "as caras aos nomes".


















Crithmum maritimum L. (funcho-marítimo, perrexil-do-mar)




















Tamarix africana Poir. (tamargueira, tamariz)

Juniperus turbinata Guss. (zimbro-das-areias, sabina-das-praias)

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